Francisca Noronha

Se deslizarem para baixo no instagram de Chez Godias, vão perceber que as primeiras fotografias que publiquei foram captadas pela Francisca Noronha. Desde então, foram várias as vezes que este nome foi aparecendo em Chez Godias, tanto no instagram como no site. 

Hoje partilho a primeira “Marca da Semana”, onde vão descobrir como a Francisca Noronha se tornou uma fotógrafa de casamentos apaixonada, desde as suas primeiras experiências com a câmara, até à construção de uma carreira cheia de desafios e conquistas.   

Participar num casamento é testemunhar um dia cheio de emoções e momentos únicos, e a Francisca Noronha tem o dom de eternizá-los em fotografias que falam por si. 

Desde cedo, a Francisca revelou um talento nato para transformar momentos simples em memórias eternas. “Sempre fui a amiga com a câmara que todos chamavam para registar momentos”, partilha. Essa paixão tem raízes profundas na sua família. O gosto pela fotografia começou com o avô, que passou esse legado à sua mãe, e foi ela quem o transmitiu à Francisca. Aos 16 anos, os pais ofereceram-lhe a sua primeira câmara e fez um workshop no Instituto Português de Fotografia. Mais tarde, a tia e fotógrafa Madalena Pinto Basto, que a tem acompanhado ao longo do percurso, ensinou-lhe tudo o que sabe sobre edição. 

Foi em 2019 que a magia dos casamentos entrou na sua vida, ao trabalhar com a Maria Santos Lima. “Mal sabia eu que estava a começar uma enorme paixão”, confessa. Depois, a colaboração com a Drica Silva e uma especialização em Madrid deram-lhe uma visão ainda mais ampla deste universo. Fotografar casamentos fora de Portugal foi uma experiência enriquecedora que a fez crescer não só como fotógrafa, mas também, e sobretudo, como contadora de histórias.

Para a Francisca, o dia de casamento é uma mistura de emoção e desafios. Depois de acordar e se preparar, começa o trabalho mental de organizar tudo para que não fique nada para trás. Muitas vezes acompanhada pelo irmão e segundo fotógrafo, António Noronha, os dois criaram uma dinâmica de equipa que torna o trabalho mais leve – com direito a playlists de músicas de casamento pelo caminho, que a Francisca faz questão de pôr a tocar, obrigando-o a ouvir as músicas como se já não as soubessem todas de trás para a frente.  

A Francisca Noronha destaca dois momentos do casamento como os seus favoritos para fotografar: “A noiva em casa, onde a emoção e a criatividade fluem de forma única”, e o cocktail, pela descontração e espontaneidade dos convidados. A entrada da noiva na Igreja, por outro lado, é o maior desafio. “Estamos à mercê da luz, contra-luz, e até dos convidados com telemóveis. Só há uma oportunidade, não podemos falhar.” Para ela, o jantar é o momento perfeito para fazer backups e ainda aproveitar para trocar experiências com outros fornecedores, num ambiente descontraído que traz sempre algo de novo.  

A Francisca acredita que a chave para fotografias genuínas está na relação que cria com os noivos. A pré-sessão é essencial para quebrar barreiras. “Tento conhecê-los antes do grande dia. No casamento, se percebo que estão nervosos, faço piadas ou mudo de tema para os descontrair.”   

Ver milhares de fotografias diariamente é o segredo para a sua criatividade. Pelas cores, luz, criatividade e forma original como fotografam os detalhes, as suas maiores influências são espanholas: Paloma Gómez, Mónica Ortega, Plata.forma e Dosmasenlamesa, mas também se inspira no trabalho de portugueses como Rui Valido e Hugo Coelho. 

Locais com uma luz natural deslumbrante ou detalhes únicos em cada casamento são outras fontes constantes de inspiração.

Apesar do ritmo exigente da profissão, que requer compromissos assumidos com mais de um ano de antecedência, a Francisca encara cada desafio como uma oportunidade de crescimento, aprendendo a superar-se em cada situação, procurando equilibrar a dedicação ao trabalho com os momentos importantes com amigos e família. É esse equilíbrio que continua a enriquecer o seu percurso e a transformar o seu olhar como fotógrafa.