Margem sul
Casamento da Diana e do Pedro na margem
05.07.2024
05.07.2024
Quando a Diana andava no 5º ano, havia, no ano acima, um rapaz muito popular por quem havia uma paixoneta coletiva. A Diana pertencia ao clube e pediu à sua melhor amiga que os apresentasse. Foi assim que conheceu o Pêpê, como é conhecido por todos, na sala polivalente da escola básica, entre jogos e matraquilhos.
A paixoneta foi passando, mas manteve-se a amizade e mais tarde a vida levou-os por caminhos diferentes. No verão de 2019, voltaram a encontrar-se. Seis meses depois começaram a viver juntos em Lisboa e um ano e meio mais tarde mudaram-se para Frankfurt, onde continuam.
Encontrei este casamento através das fotografias do Atelier Memória, um dia antes de a Maria Abranches - a pessoa por trás do atelier - me enviar uma mensagem muito querida a dar os parabéns por este meu projeto. Os noivos aceitaram o convite e o meu entusiasmo não podia ser maior.
A maquilhagem da Diana foi feita pela Rita Correia da Costa, que a noiva já seguia há vários anos e lhe transmitiu a confiança de ser a escolha certa para o seu estilo. Já o cabelo ficou a cargo do seu cabeleireiro de há muitos anos, o Pedro Coelho, em quem confia plenamente no estilo e bom gosto.
O vestido foi desenhado pela Iza Van, cujo trabalho a noiva teve oportunidade de admirar de perto num casamento em 2019, altura em que descobriu o mundo dos vestidos por medida.
As duas exigências da noiva foram: uma saia fluída, com roda, e um jogo de texturas com manipulação têxtil.
A mãe da noiva, que também levou um vestido desenhado pela Iza Van, fez questão de oferecer à filha toda a indumentária, incluindo os acessórios como os Mary Jane da Carel Paris e uns brincos M de Paulet - uma marca espanhola com acessórios giríssimos.
"Tive muitas dúvidas na escolha porque adorava vários brincos, mas acabei por escolher uns brincos inspirados na Belle Époque, em prata com um apontamento de cor numa pedra verde."
O anel de noivado foi feito a pedido do Pedro, nos Estados Unidos, e as alianças foram feitas pelos próprios noivos num workshop com o joalheiro João Melo, oferecido pelo irmão mais velho da Diana.
Para fazer o ramo de tulipas abertas e fechadas, a noiva confiou na Amor e Lima, que também tratou do planeamento, da decoração e do estacionário, com base nas inspirações e seleção de cores dos noivos.
O fato do noivo foi mandado fazer no Alphaite, em Campo de Ourique, onde também comprou a gravata. O Pedro levou ainda uns botões de punho Maserati e uns sapatos feitos em Portugal da Citadin Shoes.
A cerimónia foi na Igreja Matriz do Seixal, onde tinham casado também os pais e os avós do Pedro e onde a noiva tinha criado memórias, uma vez que ambos cresceram na zona.
"Quando decidimos que o casamento seria na margem sul, por ser a nossa “casa”, achámos que faria sentido ser num lugar ao qual tivemos ligações afetivas."
Escolheram os MiCo Artistas para criar uma atmosfera solene e festiva.
À saída da igreja, um grupo tradicional alentejano cantou "Olha a Noiva se Vai Linda".
"Foi um momento muito especial e alegre, em especial porque alguns membros da minha família se juntaram a eles para cantar" - contou-me a Diana.
Celebraram na Quinta da Bellavista, na Costa da Caparica, com uma das melhores vistas para a capital.
Durante o cocktail, servido pela Prime Catering, contaram com uma atuação da banda de jazz 24Robbers, "que ajudou a colocar o mood no sítio certo".
A avó da Diana, de quem ela era muito próxima, tinha uma fábrica de cestas, onde a mãe trabalhava e ajudava a gerir. Sendo um negócio familiar que também envolveu muitas senhoras da aldeia, acabou por marcar esta família. No dia do seu casamento, em modo de homenagem às suas raízes, a Diana fez questão de integrar as cestas alentejanas, feitos pelo único atelier que resta em Odivelas - não em Lisboa, mas em Ferreira do Alentejo -, gerido por um casal próximo à família.
Destacando-se das restantes cestas da distribuição de lugares, aquela dedicada à mesa dos noivos foi entrelaçada com um coração.
As mesas foram incrivelmente bem decoradas pela Amor e Lima.
Com vista para o rio, os noivos fizeram a sessão ao pôr do sol. Para fazer parelha com o Atelier Memória, escolheram a Nádia Teixeira da Roda Gigante para registar o dia em vídeo.
Depois de jantar, a Diana e o Pedro finalizaram uma pavlova de frutos vermelhos de formato industrial em frente aos convidados, para que o bolo dos noivos fosse servido como sobremesa - uma logística que só foi possível pelo trabalho de equipa entre a Raquel Melo da Amor e Lima e a Prime Catering.
Para a festa, a música ficou a cargo do Chumbinho.
Para terminar, deixo um testemunho da noiva sobre o momento em que percebemos que chegou o nosso grande dia: "Vou guardar sempre a memória do momento em que entrei na igreja: até aí estava muito relaxada, mas quando aquelas portas abriram senti uma onda de emoção sobre mim que me deixou em lágrimas!"
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