Um bolo inacabado - Parte II
Casamento da Vera e do Pedro em Grândola
27.03.2024
A chegada à Herdade marcou o início do processo de desconstrução do vestido da Vera. Começou por remover as mangas e assim ficou durante o jantar e a abertura da pista de dança.
A Carolina, irmã da noiva, é designer de moda e transformou um vestido comprado numa loja com artigos em segunda mão, a Dona Ajuda.
O trabalho da fotógrafa Maria Martins foi uma das principais inspirações dos noivos para levar Lisboa até ao Alentejo: “os seus registos sempre vibrantes, as pessoas que aparecem em movimento, desprevenidas a fazer o que mais gostam, a dançar, a passear, a conversar, a aproveitar o dia.”
Para tornar as suas ideias em realidade, os noivos contaram com o apoio da Tudo é Festa, que tratou de toda a decoração, incluindo a das mesas, com especial destaque para a Francisca Raposo: "não só como profissional mas como pessoa, tornou-se muito importante e especial para nós. Esteve sempre disponível para nos ajudar".
A Francisca “fez a ligação entre todas as partes, desde o catering, a iluminação, a montagem da tenda, a decoração, a música, toda a parte logística, entre muitas outras coisas, não poderíamos recomendar mais!”
O jantar foi servido pelo catering da Taipa com “um serviço impecável desde as primeiras provas até ao dia do casamento, com uma equipa sempre bem disposta e prestável, uma apresentação excepcional, um serviço com bons timings e uma confecção inigualável”.
Uma das madrinhas, a Constança, que tem um projeto muito bonito chamado Melga Maria, ajudou a Vera a desenhar todos os elementos gráficos do casamento, incluindo o quadro de distribuição de lugares com o título “Nossa Lisboa”, no qual os noivos procuraram relacionar os convidados com diversos locais emblemáticos da capital que os identificam enquanto casal.
A música, a cargo do António Varela Cid, desempenhou um papel crucial neste casamento. Os noivos entraram na tenda acompanhados pelos padrinhos e madrinhas ao som de “Baianá” de Bakermat, convidando os presentes a juntarem-se à festa através de fitas prateadas deixadas em cada lugar.
A Maria - a pessoa responsável por me dar a conhecer este casamento (Obrigado Maria!) - juntou-se à Constança e encarregaram-se de fazer o bolo dos noivos. Ambas têm um gosto especial pela cozinha e, após discutirem com a Vera e o Pedro os seus sabores preferidos, o formato e a atmosfera desejada, optaram por um bolo branco simples. Neste processo, surgiu uma ideia criativa: um bolo inacabado, com uma calda colorida para ser derramada durante a celebração, transformando-o. A música escolhida foi “Love, love, love” dos Moullinex.
A Vera e o pai abriram a pista ao som de “Harvest Moon” de Neil Young, uma das suas músicas favoritas. A segunda música, agora em casal, foi uma das preferidas dos Whitney, “Southern Nights”.
Após a primeira dança e o corte do bolo, a Vera finalizou a desconstrução do seu vestido, removendo as flores dos botões da parte de cima e trocando a saia midi por uma saia feita à mão comprada anos antes, em Barcelona. A par desta mudança, trocou para uns sapatos rasos da Act Series, uma marca conhecida pelo seu trabalho artesanal, criada entre Maiorca e Berlim.
Foi dada carta branca ao DJ e, no final da noite, vários casais reservaram os seus serviços para os seus próprios casamentos no ano seguinte.
Tal como a noiva do Jantar à luz das velas, a Vera também tomou a iniciativa de oferecer ramos de flores às mulheres mais importantes da sua vida, a começar pela mãe.
"Os nossos pais, meus e do Pedro, tiveram um papel muito importante neste caminho, foram sempre incansáveis e procuraram que tivéssemos um dos dias mais felizes e divertidos das nossas vidas e por isso vamos estar sempre agradecidos."
Para terminar, repito esta fotografia feliz e, à Vera e ao Pedro, desejo que a vossa conversa continue eternamente a ecoar pelos recantos da vossa Lisboa.
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