MARIA MARTINS

SIMÃO PERNAS

A Camilla sempre imaginou casar em Lisboa, mas quando os seus pais compraram um terreno no Alentejo e começou a descobrir a sua beleza (à qual também eu me rendi por afinidade), não teve dúvidas de que seria lá que daria o nó, apesar de ainda só haver uma ruína.

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Descobri esta noiva através do perfil da estilista do seu vestido, a Pureza Mello Breyner, que prontamente nos meteu em contacto para que eu vos pudesse mostrar mais alguns detalhes deste dia.

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"Eu já acompanhava o trabalho da Pureza há algum tempo e, quando fiquei noiva e comecei a pensar no meu vestido, percebi que o seu estilo era o mais próximo da minha visão. Para além da qualidade dos vestidos, os acabamentos e os tecidos eram de altíssimo nível, o que era muito importante para mim."

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Na segunda prova do vestido, apesar de a Pureza e a equipa terem feito precisamente o que a Camilla tinha pedido, a noiva mudou de ideias e o processo recomeçou - "Adorei a mentalidade super otimista de toda a equipa. Elas são super acolhedoras!"

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Durante a prova, pelo canto do olho, a mãe da noiva da noiva viu uma seda bordada à mão sobre linho, com um desenho floral, e perguntou à estilista se haveria o suficiente para fazer um vestido inteiro, uma vez que a Camilla queria uma cauda amovível de três metros. Como a resposta foi positiva, transformaram o vestido naquela mesma prova.
"O formato e a base permaneceram as mesmas, mas adicionei uma cava em formato de "amêndoa" e um decote ondulado, usando a ondulação do próprio tecido. No final, o tecido ditou toda a forma do vestido, e não o contrário."

SIMÃO PERNAS

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"A equipa da Pureza passou centenas de horas a bordar o meu véu à mão para que refletisse o tecido do vestido, incluindo a borda ondulada. Fiquei tão emocionada com o resultado que chorei quando o vi pela primeira vez. Criar este vestido com a Pureza e a minha mãe foi o processo mais divertido e gratificante da organização toda do meu casamento."

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Para a maquilhagem, a noiva elegeu a Andreia de Almeida, da Amê, pois algumas amigas que trabalham na indústria da beleza garantiram que ela seria a melhor para um look "no-make up make-up". - Não fiz nenhuma prova com ela e, no próprio dia, o resultado ficou perfeito!"

Para o cabelo, elegeu o Alexandre Soares, do ID Hair Studio. 

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A Camilla levou umas pérolas em forma de gota, com diamantes, os mesmos brincos que a sua mãe usou no dia do seu casamento, que lhe tinham sido oferecidos pela sua sogra. Curiosamente, a sua irmã que também casou no mesmo ano, levou uma das gotas integrada numa gargantilha - "foi muito especial manter esta tradição de família". 

Também a tiara tem um significado especial, pois foi a avó do noivo que a mandou fazer em agosto de 1939 para o seu próprio casamento. 

SIMÃO PERNAS

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"Os meus sapatos eram um modelo único da Manolo Blahnik, uma variação do estilo "Hangisi" tradicional – mas estes tinham um drapeado na parte da frente e uma fivela redonda, em vez de quadrada. Consegui comprá-los nos Estados Unidos um mês antes do casamento, e o último tamanho disponível era o meu! "

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O ramo da noiva, em tons de verde e branco, foi feito pela Decofloralia.

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A cerimónia teve lugar na Igreja de Santiago, onde também casaram a Sofia e o Zé, duas semanas antes.

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"A Igreja de Alcácer é sem dúvida uma das igrejas mais bonitas de Portugal; é enorme, e tem paredes cobertas em azulejos azuis. As acústicas da igreja são incríveis, e tínhamos um coro de 20 membros a cantar da galeria coral, o que deu arrepios a todos os convidados."

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Os meninos das alianças levaram faixas com o mesmo tecido da noiva, feitas pela Peixinho do Mar.

SIMÃO PERNAS

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"A incrível equipa da Festa Aluga fez ali uma aldeia de raiz, incluindo água, luz, estrado e geradores, quase um festival, que mais ninguém era capaz de fazer! Tínhamos uma tenda grande para o jantar e uma tenda separada para a banda, com um terraço ao ar livre de 200m2 entre as duas tendas. Ficou mesmo impressionante."

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Para o jantar, a noiva tirou o véu, a cauda amovível e a tiara, soltou o cabelo e colocou uma gargantilha de pérolas e safiras oferecida pela avó quando ficou noiva.

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Às cinco da manhã, a noiva mudou para um fato branco e deslocaram todos os convidados para uma ruína existente no terreno, onde dançaram até ao amanhecer com um segundo DJ.

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Como grande apreciadora do trabalho do Simão Pernas e da Maria Martins, a noiva contratou ambos em separado para registar o grande dia - " O Simão é um verdadeiro ninja, não sei como consegue apanhar tudo, quase como se fossem três ou quatro clones a fotografar. Ele tem ótimo gosto em cores e na escolha de detalhes. A Maria trabalha muito em analógico, o que eu adoro e é raro encontrar em Portugal. Como não é propriamente fotógrafa de casamento, as fotografias parecem quase quadros."

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