Quinze minutos essenciais
Casamento da Sofia e do Zé em Alcácer do Sal
25.01.2025
25.01.2025
Quando vi que a Sofia tinha trazido um vestido da Navascués, uma estilista de vestidos de Madrid, para a Herdade da Alàpega, em Alcácer do Sal, percebi que tinha de vos mostrar este casamento.
Apesar de já saberem da existência um do outro, estes noivos conheceram-se oficialmente em Lisboa, nos Santos Populares, em 2017. Mais tarde, começaram a namorar à distância durante dois anos e meio, até que o Zé foi para Madrid viver com a Sofia.
Para a maquilhagem, a noiva contou com a Francisca Bairros e, para o cabelo - onde levou o travessão que a sua mãe utilizou no casamento -, com o Carlos, da HairFusion.
Quanto ao vestido, como já revelei, a Sofia optou por fazê-lo na Navascués, depois de fazer algumas visitas a estilistas com a sua mãe, que foi ter consigo a Madrid.
"A Cristina (dona), a Virginia (costureira) e o Guille (estilista) foram incansáveis comigo."
Uma curiosidade sobre o processo deste vestido é que o tecido das mangas estava previsto ser utilizado no corpete, mas, durante a prova, a noiva ficou encantada com a forma como fluía e acabaram por criar umas mangas com muito movimento.
A complementar o vestido, a Sofia levou um véu em seda natural e um leque feito pela Caetana, que também fez um leque para a Maria Mathias.
A Sofia levou uns sapatos flordeasoka, um ramo com medalhas com a inicial do seu avô, feito pelo João Pena e uns brincos da avó Manuela.
A avó e a mãe da noiva levaram vestidos com assinatura Tot Hom, bege e roxo, respetivamente.
O Zé levou um fraque feito à medida na Budiman, em Madrid, com algumas adaptações ao que é considerado tradicional, como me contou o próprio: "As calças de fraque clássico têm risca preta dupla, as minhas são com risca branca. O colete tem duas cores, bege de um lado e verde do outro e também a jaqueta é mais curta que o tradicional. "
O noivo levou também o relógio oferecido pela Sofia na "pedida de mano", como dizem no país vizinho, uns sapatos Meermin, uma gravata Ferragamo e uns suspensórios da mesma marca que o fraque.
Cativados pelo interior completamente revestido a azulejos azuis, os noivos elegeram a Igreja de Santiago, em Alcácer do Sal, para o seu casamento.
As alianças foram levadas na concha de prata anteriormente utilizada no batizado do Zé.
Os noivos seguiram para o copo-d'água no Land Rover bege que era do Avô Mata, do Zé, e que a família mandou restaurar para a ocasião.
Na herdade, que de certo modo honrou a costela alentejana do noivo, a decoração ficou a cargo da Tudo é Festa, que também se encarregou da organização do casamento, enquanto o catering foi responsabilidade da Gengibre - Cozinha criativa, e as bebidas da Ás de copos.
A Madalena Bastos tratou do menu e do seating plan, inspirado em animais de caça.
Uma amiga dos noivos, a Tecas, ficou responsável pelos cartões da dinâmica dos capitães de mesa.
Para o cocktail ao pôr do sol, os pais da noiva convidaram de surpresa os Raya Real - uma banda que canta músicas espanholas com um toque de flamenco.
As fotografias ficaram a cargo dos LSM e o vídeo da Roda Gigante.
Voltando atrás, sobre o momento a dois desde a igreja até à herdade, a noiva fez-me uma confissão com a qual eu me revejo: "Os 15 min de carro, nós os dois sozinhos, foram tão bons para falar de tudo o que tinha acontecido naquela manhã". Sobre isto, deixo o meu conselho a todos os noivos para prepararem um momento no vosso dia em que conseguem respirar fundo e sentirem-se presentes, apenas os dois, nem que seja apenas por 15 minutos!
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