Um vestido com rede e flores
Casamento da Beatriz e do Diogo em Faro
08.02.2025
08.02.2025
Ambos advogados, a Beatriz e o Diogo conheceram-se durante os estudos na faculdade. Apesar de o Diogo estar uns anos à frente, tinham amigos em comum que os juntaram em grupo por várias vezes. Até que, em 2018, conheceram-se melhor e começaram a namorar - "Aproveitámos ao máximo, sempre cheios de amigos e programas, entre Alentejo, descida da costa e Algarve - foi um verão ótimo, cheio de vida e cor."
Casaram-se passados seis anos, no verão do ano passado.
Para a maquilhagem, a Beatriz elegeu a Nicole Soares, que encontrou no instagram - "A maquilhagem no dia ficou exatamente como eu queria: bem simples e elegante. Durou o dia todo!"
Para o cabelo, seguiu a recomendação de uma amiga e optou por um cabeleireiro de São Brás de Alportel - CK Hair & Beauty Stylists.
O vestido da noiva foi desenhado pela Susana Agostinho, que também tinha sido a criadora do vestido de casamento da mãe da Beatriz, há quase 30 anos. "Era das poucas coisas que já tinha bem assentes, até mesmo antes de ficar noiva: ia fazer o vestido na Susana Agostinho."
Inspirada no vestido da mãe, que tinha pequenos detalhes em seda cor-de-rosa claro e sabendo que a Susana, se lhe for dada oportunidade, adora trabalhar com cor, a Beatriz quis trazer um toque de cor para o seu vestido.
A criação do vestido envolveu várias sessões no atelier da Susana, onde ideias e tecidos foram testados até chegar à escolha final. Após muitas experiências, o tecido escolhido foi uma "rede" que acrescentava textura e profundidade, remetendo para o rendilhado típico das portas algarvias e para a própria fachada da Quinta do Alto. O vestido tinha um corpete sem alças, mangas amovíveis, uma textura de rede sobre o vestido branco simples e umas flores de tecido cor-de-rosa claro que pareciam ter pousado naturalmente na saia, como se tivessem sido atiradas à saída da igreja.
Durante o dia, para além do anel de noivado mandado fazer no joalheiro Anselmo Rosa e do anel em prata da bisavó Felipa com uma ametista, a noiva levou uns brincos e colar em ouro branco e diamantes, emprestados pela sua mãe.
A combinar com o tom das flores do vestido, a Beatriz levou um ramo só de hortênsias feito pela Sandra da Flor Mimosa, que também tratou dos arranjos da igreja - com hortênsias brancas -, e das mesas de jantar - com hortênsias de várias cores - para levar vida à simplicidade do branco da toalha e da restante decoração. "Percebeu a 100% a nossa visão e conseguiu concretizá-la ainda melhor do que tinha imaginado".
Apesar de ter visitados alguns fornecedores de sapatos feitos à medida, a Beatriz sentiu que nenhuns se enquadravam na sua visão, uma vez que não queria sapatos com cor nem sandálias.
Acabou por descobrir uns sapatos com "uma vibe vintage e divertida" como procurava, na marca de Nova Iorque Loeffler Randall, após uma pesquisa intensa na Net-a Porter.
A cerimónia teve lugar na Igreja de Nossa Senhora da Ordem Terceira do Monte do Carmo, a igreja em Faro onde casou a bisavó Felipa e também alguns tios e primos.
"Para além de ter uma fachada única com uns degraus enormes e um larguinho perfeito para a saída da igreja, é também uma igreja muito bonita por dentro, mais pequenina e acolhedora do que as restantes. Ficamos muito contentes, e a minha família especialmente, por termos conseguido manter e passar esta tradição."
O noivo fez um fraque à medida em Pombal, no mesmo alfaiate onde costuma fazer os seus fatos para o trabalho.
Depois da cerimónia, os noivos seguiram para a Quinta do Alto, onde o Pateo Velho tinha já tudo preparado, quer a nível de decoração, quer a nível de catering - "Um dos grandes fatores para que tudo tivesse corrido bem foi a empresa de catering, que para além da comida deliciosa, foi super profissional e incansável na coordenação da comida, gestão dos timings e decoração. Ajudou imenso termos escolhido um catering que tinha também a possibilidade de fazer a decoração do espaço, o que tornou o processo muito mais simples. "
Com base nas inspirações selecionadas pelos noivos, todos o estacionário foi desenvolvido por duas primas da Beatriz - "como fizeram, foi como ficou e estava tudo maravilhoso".
À noite, para se adaptarem ao ambiente de festa, a Beatriz removeu as mangas do vestido, trocou os acessórios por outras peças emprestadas pela mãe e soltou parte do cabelo, enquanto o Diogo e alguns amigos trocaram o fraque por um smoking, que já vem dos tempos de estudo em Oxford - "toda a gente adorou a ideia e foi super divertido para cortar o bolo e abrir a pista de dança."
O bolo, bem típico do Algarve e um dos preferidos da noiva, foi um Três Delícias de figo, amêndoa e alfarroba, feito na Ti Marquinhas, criadora da receita original.
"Um dos meus momentos preferidos foi estar a dançar e ver o sol nascer, com a pista ainda cheia de amigos, ninguém com vontade de ir para casa. Não podia ter pedido um melhor fim para um dia super feliz e em cheio - isso deve-se sem dúvida ao nosso DJ, o Diogo Ferreira, que soube ler sempre a pista de dança e por toda a gente a dançar durante horas."
O dia foi registado pela lente do Hugo Vidal.
E se costumam ler as histórias que vou partilhando, sabem que o último pedido que faço aos noivos é que deixem um conselho para os casais que estejam a organizar o seu grande dia, ao que a Beatriz e o Diogo responderam: "Confiem na vossa visão conjunta do casamento e façam o dia verdadeiramente à vossa medida. Num mundo onde temos acesso a mil imagens e vídeos super editados de casamentos onde parece que não houve um guardanapo fora de sítio, um convidado mal vestido ou uma noiva nervosa, é fácil deixarmo-nos consumir pela ideia de perfeição - o que nos leva muitas vezes a perder perspetiva do privilégio que é sequer podermos estar a ter um casamento 'normal'".
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