Búzios da sorte
Casamento da Bé e do Tocas no Alentejo
02.08.2024
02.08.2024
Conheceram-se em abril de 2019, no Alentejo, onde cada um estava a ajudar a sua família num Raid de Cavalos. Nesse dia, falaram durante cerca de 12 segundos e só passado um ano houve um pedido de namoro com um malmequer atrás de uma igreja, em Estremoz – onde acabaram por celebrar o casamento.
A Berenice, mais conhecida por Bé, sempre sonhou casar na Ilha da Armona, no Algarve, onde a família tem casa, o que implicaria reduzir o número de convidados, um conceito de casamento diferente e mais logística do que o habitual. Apercebendo-se da inviabilidade de um casamento na ilha, o António (Tocas) fez questão que esta fizesse parte da história do casal, tendo feito o pedido de casamento neste sítio especial.
Enquanto se preparava, a noiva usou um vestido e robe oferecido pela avó à sua mãe para o seu casamento.
A Mariana Palaio ficou encarregue da maquilhagem da noiva e a Daisy Marques do cabelo, cujo penteado foi alterado a uma semana do casamento uma vez que permaneciam dúvidas sobre qual seria a melhor forma de utilizar o véu de família. Testanto alternativas à forma tradicional como se costuma utilizar este acessório, a noiva levou-o preso como uma fita de cabelo.
Apesar de ser uma pessoa indecisa, como me confessou a própria, a Bé sempre teve a certeza de que queria fazer o seu vestido de noiva com uma das suas melhores amigas e madrinha, a Rita Patrocínio, que tem um atelier próprio. A Rita conhece bem o estilo peculiar da Bé e, melhor que ninguém, conseguiu ajudá-la a criar um vestido que merecesse o elogio de ser a "cara da noiva". Para isso, soube exatamente quais loucuras travar e quais encorajar.
Logo no primeiro dia em que se encontraram, a noiva ficou com a certeza que tinha feito a escolha certa quando percebeu que ambas levaram referências comuns, mesmo sem terem discutido previamente o tema.
A Rita, que não conseguiu estar presente por ainda estar no hospital com a sua bebé recém-nascida, teve um papel fundamental na escolha dos tecidos: o vestido era em linho, a saia em algodão bordado e a capa num terceiro tecido, mais fluído e transparente.
A principal condicionante para o decote do vestido foi o colar de pérolas da família da Bé - bonito, frágil e diferente -, que lhe foi oferecido pela mãe para a ocasião especial.
Os brincos foram pedidos à Maria Almada, da Joalharia Miguel Vaz d'Almada, que fez uns brincos principais com duas pérolas antigas cada, inspirados no mar e em linhas de pesca. Para os restantes furos das orelhas, a Bé pediu três pequenas pérolas antigas de tamanhos diferentes.
Os sapatos brancos, desenhados pela noiva, foram feitos pelo Atelier Rui Branco.
A avó Gaby foi quem tratou do ramo junto da Decoflorália, composto por túlipas cor de laranja e amarrado por uma fita bordada por uma amiga da mãe da noiva. Na fita, foi também adicionada uma pequena medalha de Nossa Senhora de Fátima que a noiva tinha usado no dia do seu crisma, uma semana antes do casamento.
A Bé entrou na igreja ao som de "Estrela", da Carminho, interpretada pela amiga Luísa Águas e por um coro formado por amigos e família.
Os meninos das alianças foram vestidos pela Pukatuka.
O Tocas levou um fato do Alphaiate com uma gravata da It Tamarindo, uns sapatos clássicos Armando Silva e uns botões de punho do avô.
A cerimónia foi na Igreja de Santa Maria, no Castelo de Estremoz, que conquistou de imediato o Tocas. A festa foi no Monte Penedo da Moura, uma casa da família, em Avis.
A mãe da noiva levou um vestido criado pelo estilista Dino Alves.
O Diogo Paiva, da Festas conVida, ajudou os noivos no planeamento do casamento. Toda a decoração ficou também a cargo da Festas conVida.
O catering foi da responsabilidade da Liquen Events.
Para o momento dos aperitivos, contaram com uma roda de samba do Grupo Toque Social.
A família da noiva joga golf há vários anos e os noivos decidiram dar um shot cada um, no meio do campo. "Correu muito melhor do que podíamos imaginar. Eu fui primeiro, ótimo shot, o Tocas também e depois armou-se em campeão, atirou a bola ao ar para tentar acertar e conseguiu! Um milagre, é muito difícil!"
O estacionário foi integralmente feito pela noiva.
Momentos antes de abrir a pista de dança, de modo a não acabar a noite com um vestido sujo na mão, a Bé tirou a saia bordada, trocou para uns sapatos da Pull&Bear e substituiu as jóias utilizadas na cerimónia por uns brincos da Carolina Curado, oferecidos pela madrinha Constança.
O João Bandeiras foi o DJ responsável por manter as pessoas na pista.
A Vera Moser e a Maria Martins ficaram encarregues das fotografias digitais e analógicas, respetivamente, enquanto a Francisca Carreira tratou do vídeo, juntamente com um amigo do noivo que filmou com drone a saída da igreja.
“Por último, e um detalhe que muito poucos sabiam: os três búzios da sorte. Conseguir apanhar um búzio por ano na nossa Ilha já é excelente. Foi uma tradição que a minha avó começou e com a qual eu cresci. Dizia que a sorte de um búzio dava para o ano inteiro. Já que não casei na Ilha, que muito me lembra os meus avós, trouxe-os a eles e à Ilha até mim.
O Tocas sempre soube a importância de tudo isto para mim e, no fim de semana em que me pediu em casamento, apanhou um destes búzios, depois eu apanhei outro, e ele ainda apanhou um terceiro. 'Sorte infinita!' - pensámos nós!”
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