Maresia
Casamento da Meg e do Dinis em Porto Covo
29.05.2025
29.05.2025
Durante três anos partilharam a mesma equipa sem que o acaso ou a rotina despertassem algo mais, apenas colegas de trabalho, como tantos outros. Mas a história da Margarida e do Dinis começou verdadeiramente quando já não dividiam o mesmo espaço profissional: foi através de uns stories no Instagram, onde o Dinis mostrava Sintra, que a Margarida se aproximou, entre curiosidade e charme, pedindo-lhe que fosse seu guia. Ele aceitou o desafio e preparou um "super date", como me contou a Meg, e Sintra deixou de ser apenas a terra dele para se tornar também o lugar onde ela passou a sentir-se em casa.
Incentivada pela madrinha que lhe disse: “É a tua cara, vais adorar.”, no dia 13 de maio, a Meg conheceu a Susana Agostinho e, desde o primeiro momento, sentiu que estava nas mãos certas. Apesar de querer conter o orçamento, não abdicava de um vestido com significado, e a Susana compreendeu-a de imediato.
A escolha do vestido recaiu sobre um modelo que conquistou a Margarida logo na primeira prova: feito com um tecido sintético desenvolvido pela NASA, que imita o linho natural, pensado com consciência ambiental e com a versatilidade de poder ser usado no futuro. O tecido foi usado pela primeira vez em branco e com este propósito pela Susana Agostinho. A Meg, que trabalha na Fundação Oceano Azul e está familiarizada com alternativas à extração da natureza, sentiu que esta era a escolha certa. O vestido chama-se “Maresia” e o processo foi vivido com entusiasmo. Agora, com saudades, acompanha de perto a escolha do vestido da irmã, que está prestes a casar e também escolheu a Susana Agostinho para desenhar o seu vestido.
"O maior acessório que levei foi o bordado lindo e colorido que a Susana fez no meu vestido. Foi algo zero pensado, um dia cheguei e apeteceu-me mergulhar no seu super armário de missangas até ao tecto e escolher cores “que nunca ninguém tinha escolhido”."
A noiva levou também umas sandálias azuis da Sézane e uns brincos da Juliana Bezerra - uma Marca da Semana Chez Godias.
A maquilhagem ficou a cargo da Beatriz Texugo e o cabelo foi tratado pela própria noiva "igual a todos os dias".
O ramo da noiva, oferecido pela madrinha Vera, foi feito pelo Horto do Campo Grande.
O anel de noivado foi pensado ao detalhe pelo Dinis, que, depois de ver várias opções, decidiu mandar fazer um anel com safiras australianas e diamantes. Se tivesse sido a Margarida a escolher, admite que talvez não tivesse acertado tanto. As alianças foram feitas com ouro da família do Dinis, num workshop conduzido pelo João Pereira De Melo Cordovil.
O Dinis levou um fato à medida feito no Labrador.
"O banco da igreja onde nos sentámos durante a missa é da mãe do Dinis e pertencia a uma antiga capela. Hoje em dia é usado em sua casa como mesa."
Durante a missa, o coro composto por amigos teve como solista a irmã da Meg. Para além disso, a noiva cantou para Nossa Senhora, com o seu pai a tocar - "muita gente ficou surpreendida porque não sabiam que cantava."
O copo-d’água foi no Monte da Bemposta, um turismo em Porto Covo que pertence à família da madrinha Vera. Era um lugar que a Margarida já conhecia bem e de que gostava muito, e que rapidamente passou a fazer sentido também para o Dinis, devido ao seu gosto por mar e praia e pelo desejo de um casamento longe de formalidades. Foi a única hipótese considerada!
O catering ficou entregue à Tudo Bom Banquetes. A decoração foi pensada e concretizada com a ajuda da amiga Maria Pereira, com quem a Margarida trocou inúmeras inspirações até chegarem àquilo que imaginaram para o dia. Embora não tenham tido wedding planner, foi a própria Maria quem garantiu que tudo estivesse como previsto no dia do casamento.
Como surpresa, as madrinhas contrataram a Teresa Dias Costa para fazer ilustrações ao vivo.
Durante o cocktail, a música ficou a cargo do DJ Francisco Aires Pereira, a primeira escolha do Dinis. Para além do bom feedback que já tinham recebido, a decisão ficou fechada após um telefonema em que sentiram logo empatia. O Francisco veio do Porto, mostrou-se sempre disponível e bem disposto, e ficou até de manhã. O Dinis, que também gosta de tocar, teve oportunidade de o fazer e foi mesmo ele quem abriu a pista depois de jantar.
No jantar, as mesas tinham garrafas com nomes de praias às quais os noivos já foram juntos - escritos e ilustrados pela noiva. Para marcar os lugares e como lembraça para os convidados, a Meg e o Dinis deixaram guardanapos com as alcunhas, ou nomes pelos quais os tratam, bordados à mão pela avó, mãe e irmã da noiva, bem como pela própria.
A Meg desenhou os convites e contou com uma das madrinhas, a Inês Caiano Pereira, para montar todo o estacionário seguindo esse visual. Também fez o site com a ajuda de outra amiga, a Catarina Pestana. Além disso, pintou pessoalmente a aguarela dos seus nomes e várias ilustrações que integraram o estacionário do casamento.
A Margarida e o Dinis fizeram cinco provas do potencial jantar, pois ambos adoram comer e queriam caprichar. Contaram com a sorte de ter amigos enólogos, entre os quais o responsável pelo projeto Meio Rural, que lhes ofereceram os vinhos, o que permitiu organizar uma prova especial em casa para escolher. No casamento estiveram presentes mais de doze vinhos naturais diferentes, uma preferência partilhada pelo casal.
Para abrir a pista, a Meg dançou "Saturday Night Fever" com o seu pai e um medley de "Beso", de Rosalía e "Coming Home" de Leon Bridges.
Em vez de um bolo tradicional, os noivos optaram pela sua sobremesa do dia a dia: Magnum After Dinner. Durante este momento de brinde, o amigo Tiago Miranda cantou três músicas e acabou por juntar todos os convidados, que cantaram com ele.
As fotografias ficaram a cargo da Luísa Bravo e o vídeo da Raquel Silvério.
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